17 julho 2006

A FLOR MORTA


desiludida da vida, com boas razões para chorar, sentei-me a ler debaixo dos longos ramos de um carvalho. e como se isso não bastasse para para me arruinar o dia, chega atè mim um garoto, ofegante,cansado de brincar.
parou na minha frente e disse, com a`mão estendida:
_olhe o que eu encontrei, tome è pera si.na sua mão uma flor, e que visão lamentavel,
as pètalas caìndo, quase sem cor, a flor estava morta ou morrendo.
querendo me livrar do garoto fingi um sorriso e mergulhei de novo nas paginas do meu livro.
mas em vez de recuar, ele sentou-se ao meu lado, levou a flor ao nariz e disse:
_ cheira bem e è bonita, tome-a, peguei-a para si.
fiquei surpresa, a flor que me oferecia estava morta sem cor e com meia dùzia de pètalas apenas. estendi a mão para pegar a flor e foi quando reparei que o menino era cego...
coma podia ver ele o que tinha na mão. peguei na flor e as lagrimas rolaram pelo meu rosto.
então eu disse :
_ obrigada.
de nada, disse ele sorrindo e feliz voltou a brincar.
eu sentei-me de novo levei a flor ao nariz e consegui sentir que a sua fragancia era realmente bela. e como o menino, atravez da sua cegueira conseguiu ver que eu estava triste.
o meu coracão foi abencoado com a verdadeira visão atravez de uma crianca cega.
finalmente compreendi que afinal, quem era cega era EU...

2-comentarios

Blogger Dina said...

Adorei a história, fez-me pele de galinha.

7:19 da tarde  
Blogger LurdesMartins said...

Muito bonito!
Às vezes andamos mesmo cegos, todos nós!
Beijinhos

3:12 da tarde  

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